(Jeff Hanisch-USA TODAY Sports)
A 8ª colocação está longe de ser uma posição desastrosa, mas nem de perto corresponde às expectativas criadas em torno deste time do Milwaukee Bucks para esta temporada. No Leste, um time que tem Giannis Antetokounmpo jogando como MVP, que teve a adição de Eric Bledsoe na armação, que viu a volta de Jabari Parker, que conta com o atual calouro do ano Malcom Brodgon e que registra a melhor temporada ofensiva de Kris Middleton tinha que estar melhor, muito melhor.
Jason Kidd, técnico do time até metade desta temporada, foi o único a pagar o pato. Por mais que o ex-armador não viesse mesmo fazendo um grande trabalho, a impressão que dá hoje é que o problema não era necessariamente ele. O time não tem uma defesa fora de série, apesar de ter jogadores atléticos, ágeis, longos e com as maiores envergaduras da liga. Também não conseguiu emplacar um ataque confiável ou variado. O maior problema do Milwaukee hoje é que o time é extremamente previsível. Nisso, todos têm culpa.
Giannis vem tendo um ano espetacular nas estatísticas. No jogo jogado, é quem carrega a equipe. Mas eventualmente consegue ser neutralizado. A insistência nos contra-ataques e penetrações ao garrafão alheio ajudam as defesas mais dispostas e atléticas.
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Bledsoe não desencantou no time e Parker não funcionou como sexto homem. Nenhuma opção para o garrafão convenceu.
Hoje o Milwaukee Bucks é um time que quase não chuta de três e não consegue marcar o perímetro. A grosso modo, não sabe fazer e nem defender o que o basquete prega ser o modo mais eficiente de se jogar. Isso não seria um problema se o time tivesse encontrado algum esquema que funcionasse bem com seus jogadores. Mas não é o caso. O time sofre quando os adversários resolvem arremessar de três e conseguem defender bem o garrafão – que é o que 90% da NBA atual faz.
Não está tudo perdido. Individualmente o time é bom, os jogadores são novos e as coisas podem mudar com uma boa orientação e o esquema certo. O lado ruim é que isso certamente não acontecerá nesta temporada – e lá se vai um ano que parecia ser bom para o time pelo ralo.
Nos playoffs, o time não parece ter grandes chances. É o que eu menos aposto que possa promover uma surpresa. No mata-mata, com matchups bem definidos, as equipes bem treinadas, com opções de jogo alternativas engatilhas, têm muito mais chances. Não é o caso do Milwaukee Bucks. Que as coisas mudem para o próximo ano.