(Kyle Terada-USA TODAY Sports)

Aconteceu ontem a premiação dos melhores do ano da NBA. Entre vários outros prêmios distribuídos, James Harden foi finalmente eleito o melhor jogador da temporada e levou pra casa o trófeu de MVP. Na minha opinião, foi bastante merecido: James Harden foi o melhor jogador do melhor time da temporada regular.

Além disso, ele era o próximo da fila. Por mais que em tese isso não faça diferença, na prática é o que define o vencedor do prêmio, lógico, junto de um desempenho digno de tal. Neste ano, foi o que fez a diferença, inclusive. Se a performance em quadra colocava o barba e Lebron James em uma disputa muito parelha, o fato do armador do Houston Rockets ter batido na trave duas vezes e Lebron já ter vencido quatro disputas certamente pesou em favor de Harden.

O triste é o momento que isso é divulgado, nessa festa mais de duas semanas depois do último jogo dos playoffs, depois do draft e quando times, jogadores e torcida já estão mais interessados no futuro das equipes e nas negociações que estão por vir do que em relembrar o que passou. É a festa do anti-climax.

E não é constrangedor só para James Harden, que já foi eliminado na final de conferência e teve que ver seu rival na disputa, Lebron James, emplacar jogos lendários em sequência no mata-mata.

É vergonhoso para Dwayne Casey, eleito técnico do ano, mas já demitido pelo desempenho medonho nos playoffs, que teve sua campanha ao longo do ano completamente ofuscada pelo excelente desempenho de Brad Stevens nos playoffs. É chato para Ben Simmons, que foi um calouro brilhante ao longo do ano, mas teve uma apresentação questionável no mata-mata, enquanto Jayson Tatum e Donavon Mitchell ‘mitavam’ nas séries de playoffs.

É claro que para a história, isso tudo não faz a mínima diferença. Daqui dois anos nem vamos lembrar se o anúncio do título de MVP de Harden foi feito com tesão ou sem. O nome dele estará na história e ponto. Mas a antiga dinâmica, ao meu ver, contribuía muito mais para o campeonato em si. Não seria mais bacana que Ben Simmons fosse proclamado como melhor calouro da temporada durante a série contra o Celtics? Ou mais honesto que Dwayne Casey fosse conhecido como o melhor técnico antes de ser eliminado? Tenho certeza que sim.

Ao meu ver, todos os prêmios foram merecidos e justos. Pena que ninguém está nem aí para eles mais.