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A F1 começa em dois meses: tudo o que você precisa saber sobre os novos pilotos

O grid da Fórmula 1 já está completo e quase pronto para alinhar em Melbourne no dia 25 de março para o início da temporada 2018. Dos 20 pilotos, dois são estreantes e outros dois são, digamos, quase estreantes. A Sauber, agora alcunhada de Alfa Romeo Sauber graças a uma parceria mais firme com a Ferrari, terá o campeão da F2 Charles Leclerc ao lado do fraco sueco Marcus Ericsson. A Williams, de quem todo mundo esperava que anunciasse Robert Kubica, acabou ficando com o dinheiro russo ao confirmar Sergey Sirotkin junto de Lance Stroll. E a Toro Rosso, que agora vai de Honda, confirmou sua dupla dos dois últimos GPs de 2017 ao assinar com Pierre Gasly e Brendon Hartley.

Vamos a eles.

Charles Leclerc

Leclerc é talvez o estreante mais talentoso, de quem os fãs possam esperar mais. O francês de 20 anos, campeão da Fórmula 2 (antiga GP2) será parceiro de Marcus Ericsson na repaginada Sauber, agora Alfa Romeo Sauber F1 Team.

Cria da Ferrari, parceira de longa data dos suíços, Charles Leclerc é a aposta dos italianos para o lugar de Kimi Raikkonen no futuro. Por isso, ganhará quilometragem e experiência na Sauber.

Além de ser parte do programa ferrarista de desenvolvimento, Leclerc mostrou que é bom. Seu desempenho na temporada passada – foi seu ano de estreia na F2 – em que acabou campeão, impressionou a todos no paddock: foram sete vitórias; em 2016, foi campeão da GP3 e segundo colocado no GP de Macau de 2015.

Sergey Sirotkin

A chegada de Sergey foi vista com antipatia. Isso porque o (dinheiro) russo desbancou o favorito do paddock para assumir a vaga, que era Robert Kubica. Ambos testaram com a Williams em Abu Dhabi e, por mais que alguns meios da mídia tivessem cravado que estava tudo certo entre o polonês e a equipe inglesa, o time de Frank Williams surpreendeu e decepcionou ao assinar com o russo de 22 anos.

Sirotkin, no entanto, não é nenhum bobo endinheirado. Embora seu talento não faça sombra do de Leclerc, por exemplo, o russo tem boa experiência. Fez parte do programa de desenvolvimento da Sauber e da Renault, tem alguma quilometragem em carros de Fórmula 1, disputou a classe LMP2 do Mundial de Endurance e na GP2 foi terceiro colocado nos campeonatos de 2015 e 2016.

O problema para a Williams será buscar o sonhado quarto lugar no Mundial de Construtores sem nenhum piloto razoavelmente experiente após a saída de Felipe Massa. A conta bancária, no entanto, está garantida com Stroll em sua segunda temporada de F1 e Sirotkin em sua primeira. Uma dupla mais verde que a Jordan 7-Up de 1991…

Brendon Hartley e Pierre Gasly

Com algumas corridas de experiência em 2017, Brendon Hartley e Pierre Gasly não serão propriamente estreantes, mas farão sua primeira temporada completa na Fórmula 1 com todos os benefícios de participar dos testes de pré-temporada e toda a preparação a que têm direito pela Toro Rosso.

O grande ponto de interrogação não recai sobre o talento do neozelandês nem do francês, mas nos japoneses da Honda, que deixaram a McLaren após três anos de infortúnios, falta de potência e confiabilidade, para se juntar à segunda equipe das latinhas de energético.

No embate dentro da garagem, será difícil saber quem irá se sair melhor no duelo. Hartley é mais experiente: tem dois títulos do Mundial de Endurance e uma vitória nas 24 Horas de Le Mans pela Porsche, testou na Indy e fez parte, no passado, do programa junior da Red Bull.

Gasly venceu a GP2 em 2016 e acabou sem vaga na Toro Rosso depois que o time resolveu dar uma nova chance a Daniil Kvyat e foi correr de Super Fórmula no Japão. Acabou vice-campeão por meio ponto em uma corrida que não foi realizada em virtude de um tufão em Suzuka.

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