Durant avisa que não irá à Casa Branca: 'Não respeito quem está no poder'

Ala dos Warriors é mais um astro da NBA que critica publicamente Donald Trump

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Se o Golden State Warriors for convidado para visitar a Casa Branca, Kevin Durant já avisou que não irá comparecer ao evento com o presidente Donald Trump para celebrar o título da NBA de 2017. 

"Não, não farei isso. Eu não respeito quem está no poder neste momento", disse o MVP das Finais da NBA de 2017, em entrevista à ESPN dos Estados Unidos. 

Na temporada 2017/18 da NBA, os Warriors visitarão o Washington Wizards no dia 28 de fevereiro. A franquia, no entanto, ainda não recebeu um convite oficial por parte do governo. 

 

 

"Não concordo com o que ele concorda, então minha voz será ouvida por eu não ir até lá. Isso é algo pessoal, mas se conheço bem meus colegas, eles irão concordar comigo", declarou. 

Durant acredita que Trump está atuando de forma a aumentar a visibilidade dos supremacistas brancos. "Ele definitivamente está fazendo isso. Eu sinto que, desde que ele tomou posse, ou desde que ele começou sua campanha, nosso país tem sido tão dividido e não é coincidência", respondeu. 

 

CONTEXTO

Os comentários de Durant são feitos ao mesmo tempo em que Trump enfrenta críticas pela forma como tratou o incidente em Charlottesville, na Virginia, com uma manifestação de supremacistas brancos e neofascistas, no último sábado, 12. 

Na ocasião, uma mulher negra de 32 anos morreu e outras dezenas ficaram feridas após um homem ligado ao movimento supremacista jogar um carro em alta velocidade sobre manifestantes antirracismo. 

 

 

OUTRAS VOZES

O ala de Golden State não é o único astro da NBA a se manifestar contra o presidente dos Estados Unidos. Na última terça-feira, 15, LeBron James, do Cleveland Cavaliers, negou que as recentes disputas racistas e supremacistas sejam somente em função da remoção de estátuas de ex-soldados e comandantes confederados.

"Ódio sempre existiu na América. Sim, nós sabemos disso, mas Donald Trump fez isso entrar em moda de novo. As estátuas não têm nenhuma ligação conosco agora", postou "King" James. 

 

 

Os Estados Confederados foram uma união de sete Estados da região dos Estados Unidos que se eram contra a abolição da escravatura defendida pelos Estados do Norte e o presidente Abraham Lincoln. Essa oposição culminou na Guerra Civil Americana, que durou entre 1861 e 1865. 

Durante a última temporada regular, Steve Kerr e Gregg Popovich, técnicos dos Warriors e do San Antonio Spurs, respectivamente, foram os treinadores mais críticos à administração do republicano. / REUTERS

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