Federação Inglesa é acusada de pagar R$ 325 mil para ocultar caso de racismo

Entidade teria comprado silêncio da jogadora da seleção feminina de futebol Eni Aluko

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A Federação Inglesa de Futebol está sendo alvo de uma investigação. A acusação envolve o pagamento de 80 mil libras (R$ 325 mil) pela entidade para comprar o silêncio da atacante Eni Aluko, em relação a casos de racismo do treinador Mark Sampson com uma das jogadores da seleção em 2016.

De acordo com as investigações, o valor pago a atleta tinha como objetivo abafar qualquer tipo de escândalo com a seleção já que a Eurocopa Feminina, programada para o mês de julho, estava próxima de acontecer, o que poderia afetar o rendimento do time no torneio disputado na Holanda.

Quase um mês depois do término da competição, o caso veio ao público, porque a própria Federação pediu para que Aluko explicasse sua versão. 

A jogadora disse que o técnico fez comentários "extremamente inapropriados”. Durante uma reunião com as atletas, Sampson pediu para as jogadoras chegarem forte, mas tomando cuidado para não serem presas: "Você já esteve na prisão antes? Quatro vezes, não é mesmo?", teria dito o técnico a uma jogadora negra da equipe. 

Aluko não estava presente na conversa, mas fez questão de apresentar a denúncia. Imediatamente, a FA abriu uma investigação interna e confidencial independente para esclarecer a situação, mas nenhum caso de indisciplina por parte de Sampson foi identificado. 

Herman Ouseley, diretor da "Kick It Out", organização que combate o racismo dentro do futebol inglês afirmou que a Federação deverá "ser mais transparente" e espera que tenha aprendido uma lição com o caso. "Dos comentários que eu li, eu entendo porque Eni Aluko disse que eram inapropriados", declarou Ouseley. 

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