Autor do gol mais rápido da história das Copas do Mundo, Hakan Sukur voltou a ser assunto na mídia após ser encontrado pelo The New York Times. Depois de toda a consagração no mundo do futebol, hoje ele resolveu se auto-exilar e abrir uma padaria em San Francisco, nos Estados Unidos.

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"O rei", como foi apelidado durante a carreira, foi herói nacional e ídolo do Galatasaray. Além de um dos grandes nomes do Mundial de 2002. Aposentado desde 2008, a atual vida de Sukur tem relação com as suas escolhas após pendurar as chuteiras. 

O ex-atacante tentou entrar na política ao se associar no AKP (Partido da Justiça e Desenvolvimento) e depois se tornou presidente do Recep Tayyip Erdogan.Porém, após dois anos da eleição, Sukur renunciou ao seu posto no Parlamento para protestar contra a suspensão do sistema implantado pelo grupo ligado ao movimento islâmico do clérigo Fethullah Gülen.

Para complicar ainda mais sua situação, Sukur chegou a ser acusado de ter ofendido o presidente Erdogan. Depois disso foi considerado opositor do Governo. Em 2016 a polícia turca chegou a emitir um mandato de prisão após um golpe de Estado na Turquia, o que levou o ex-jogador a ficar sem alternativas.

Agora, ele resolveu se auto-exilar com a mulher e os filhos para tentar começar um nova vida. Em seus planos colocou em prática ser sócio na compra de uma padaria. Durante entrevista ao The New York Times, ele afirmou que ainda pretende voltar à Turquia. "É meu país. Eu amo meu povo, apesar das ideias que hoje todos têm sobre mim (sobre fazer parte de uma célula terrorista) terem sido totalmente distorcidas pela mídia controlada pelo Governo", disse. "Quem sabe no futuro eu consiga voltar para fazer uma visita", completou.

Em campo, ele balançou as redes 51 vezes pela seleção turca e até hoje ocupa o posto de maior artilheiro da história da equipe. Pelo Galatasaray foram 293 gols em 552. Oito títulos turcos, cinco Copas da Turquia e uma Copa da Uefa.