Roger Flores ganha credencial de Juninho Pernambucano na Copa

A informação oficial é que o ex-jogador alegou assuntos particulares ao pedir demissão

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Na tarde desta segunda-feira a Globo anunciou que a passagem de Juninho Pernambucano como comentarista do canal se encerrou. A informação oficial é que o ex-jogador alegou assuntos particulares ao pedir demissão. A saída, confirmada pela TV Globo ao FERA, aconteceu uma semana após o comentarista se envolver em uma polêmica ao vivo contra jornalistas esportivos.

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Como Juninho já estava escalado para a cobertura da Copa do Mundo da Rússia, com a sua saída ele será substituído pelo também ex-jogador e apresentador do SporTV Roger Flores. “Na última sexta-feira, dia 4, Juninho Pernambucano solicitou a rescisão de seu contrato de trabalho com o Grupo Globo. Ele se afastará de suas funções como comentarista da Globo e do SporTV para tratar de assuntos pessoais", afirma parte do comunicado oficial. 

"A Globo aceitou o pedido e agradece a Juninho Pernambucano a importante contribuição na análise dos eventos esportivos que acompanhou como comentarista. Roger Flores substituirá Juninho Pernambucano na equipe do Esporte da Globo que cobrirá a Copa do Mundo da Rússia”, completa.

O CASO

Os participantes do programa debatiam o incidente do mês passado, quando alguns torcedores do Flamengo tentaram agredir o meia Diego no aeroporto do Rio. Ao comentar o assunto, Juninho Pernambucano citou reportagens publicadas na imprensa que, segundo ele, eram equivocadas e disse que os repórteres ajudam a fomentar a violência da torcida.

"Os setoristas são muito piores hoje em dia. Eu sei que eles ganham mal, mas cada um tem o caráter que tem. Se eu sou setorista, o que eu ia fazer, tentar fazer um ótimo trabalho para tentar ir para outra etapa (da carreira), subir", afirmou Juninho. Durante o comentário, ele disse que se fosse repórter, gostaria de se esforçar para se tornar narrador de televisão como os outros dois presentes à mesa, Cléber Machado e Luiz Roberto.

Juninho afirmou que atualmente os repórteres têm um vínculo muito próximo com dirigentes de clube. "Hoje, para quem cobre futebol, a prostituição está muito grande. Isso é muito perigoso, como na política", afirmou. "Parte da imprensa também tem culpa na violência, porque há um excesso de pilha", disse.

O ex-meia do Vasco, Lyon, Sport e seleção brasileira comentou que parte da conduta dos jornalistas com os jogadores é permeada por inveja. "Já vi isso também de olhar para você, um jogador que é profissional, não tem formação e ganha R$ 100 mil. Tem um cara que está ali, estudou quatro anos, fez de tudo para se formar jornalista, para ser setorista e ganha mal. Talvez ele leve isso em consideração".

"É difícil você ganhar R$ 3 mil ou R$ 4 mil em uma sociedade. E se você não for um cara fera, tem de entrevistar um cara que ganha mais e que você o considera um ninguém", afirmou Juninho Pernambucano, que durante a explicação citou uma reportagem publicada sobre ele em 2012, quando estava no Vasco, e que considerou equivocada.

Minutos depois o apresentador do programa, André Rizek, disse ter recebido um comunicado da direção de jornalismo do Grupo Globo sobre os comentários do ex-jogador. "Há bons e maus profissionais em todas as categorias. Temos mais de 30 setoristas trabalhando hoje no Grupo Globo e eles recebem aqui nossa confiança e nossa solidariedade. Muitas vezes são eles que mais sofrem com o desequilíbrio e a eventual violência dos torcedores", narrou.

Rizek concluiu a leitura do comunicado da emissora: "Isso não quer dizer que o Juninho não tenha o direito à sua opinião, que é e continua sendo livre. Mas é importante fazer esse registro".

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