Um dos últimos jogadores com alguma relevância que estava sem contrato definiu seu futuro na tarde deste sábado. Jabari Parker será do Chicago Bulls pelas próximas duas temporadas por 20 milhões ao ano. Com ele, Kris Dunn, Zach Lavine e Lauri Markkanen no elenco, a franquia de Illinois fecha um quarteto jovem e promissor para retomar o caminho das campanhas positivas.

Por mais que a torcida do Chicago seja bem crítica quanto aos rumos da franquia – com alguma razão -, acho que os movimentos mais recentes do front office foram interessantes. A assinatura com Jabari agora, ao meu ver, só reforça isso.

Sou muito fã de Parker. Acho um ala clássico, de jogo simples e objetivo. É um trator no ataque. Há duas temporadas, antes da lesão mais recente, vinha emplacando uma performance de all-star pelo Milwaukee Bucks. Com 23 anos, ainda acho que vale a aposta, apesar dos recorrentes problemas físicos.

Vi que muita gente reagiu ao negócio com ceticismo, especialmente porque Jabari não é um bom defensor e que jogará em um time que tem outros jogadores com deficiências parecidas. Bom, eu discordo. Já aprendi que algumas coisas nos enganam e que não podem ser julgadas só com base nos números e nas planilhas. Química é uma delas.

Rodear Lebron James de chutadores era um plano quase infalível, não? Colocar Tom Thibodeau para treinar dois dos calouros mais promissores de toda a liga tutelados por Taj Gibson e Jimmy Butler faria do Timberwolves uma potência defensiva, certo? Pois bem, o jogo ainda tem seus fatores intangíveis e, olha que surpresa, eles são realmente intangíveis.

Acho muito ranzinza decretar logo de início que um time tão jovem e repleto de qualidades vá fracassar por um aspecto em especial. Não é como achar que Al Jefferson vá começar a marcar, mas que caras que estão na liga há tão pouco tempo ainda podem aprender a desenvolver uma forma coesa de jogar.

Quem viu a primeira temporada de Kris Dunn não apostaria que ele poderia render tão bem quanto o fez no seu segundo ano, já com a camisa do Bulls. Estes caras ainda podem se reinventar.

Mesmo que Jabari continue esse zero à esquerda na marcação, acho que suas demais qualidades valem o investimento. Dificilmente o Chicago teria a oportunidade de atrair alguém bom para a posição e comprometer essa grana por dois anos com um jogador que pode dar certo é um negócio de risco mínimo.

Em um leste tão minguado, então, pode ser que os resultados da reconstrução do Chicago Bulls comessem a aparecer muito antes do esperado.