Desde a posse de Michel Temer na Presidência, no dia 12 de maio de 2016, houve mais de 10 trocas nas pastas. Relembre os ministros que já saíram dos cargos - demitidos, pedindo demissão ou afastados para ocupar outros postos, como Alexandre de Moraes. Foto: André Dusek/Estadão
Após a divulgação de suas conversas com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, em que chega a falar em "estancar" a investigação da Lava Jato, Romero Jucá anunciou sua saída apenas 11 dias após a posse dos ministros, no dia 12 de maio de 2016. Ele, que ocupava a pasta de Planejamento, foi o primeiro ministro de Temer a cair, mas segue como líder do governo no Senado. Foto: Dida Sampaio|Estadão
Uma semana depois de Jucá, foi a vez do então ministro da Transparência, Fabiano Silveira, pedir demissão do cargo. O motivo foi o mesmo, uma gravação com Sérgio Machado. Nas conversas, Silveira, que ainda era do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), critica a Lava Jato e aconselha Machado e o então presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), sobre como deveriam agir em relação às investigações da operação. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Pouco mais de um mês após a posse, no dia 16 de junho, Henrique Eduardo Alves pediu demissão do cargo de ministro do Turismo. O motivo também está ligado ao ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, que delatou que Alves teria recebido propina de R$ 1,55 milhão entre 2008 e 2014. Foto: Dida Sampaio/Estadão
O advogado-geral da União, Fábio Medina Osório, foi demitido do cargo no dia 9 de setembro e atribuiu a exoneração à suposta insatisfação do Planalto com medidas tomadas contra políticos investigados na Lava Jato. A saída foi definida horas depois de Medina cobrar de sua equipe agilidade nas providências para ajuizar ações de improbidade administrativa contra responsáveis por desvios na Petrobrás e outros órgãos. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
No dia 18 de novembro, foi a vez de o ministro da Cultura, Marcelo Calero, pedir demissão ao presidente Michel Temer. Ele denunciou o ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) por pressionar o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para que autorizasse a construção de um condomínio com altura acima do permitido em Salvador. Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO
As denúncias de Calero atingiram diretamente o então secretário de Governo, Geddel Vieira Lima. A crise aumentou de proporção depois que o ex-ministro da Cultura prestou depoimento à Polícia Federal e acusou Geddel e o próprio Temer de o pressionar para que autorizasse a obra. Para tentar estancar a sangria política do governo, Geddel decidiu deixar a pasta, uma semana depois da demissão de Calero. Foto: Daniel Teixeira/Estadão
Em fevereiro deste ano, o ministro das Relações Exteriores, José Serra, pediu demissão alegando problemas de saúde. Ele entregou a carta pessoalmente a Temer, no Palácio do Planalto, e disse que solicitava sua exoneração do cargo de Ministro das Relações Exteriores, “com tristeza”. Com sua saída, Serra voltou para o Senado. Foto: ANDRE DUSEK/ESTADAO
O hoje ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, foi afastado do Ministério da Justiça após indicação do presidente Temer para integrar a Corte. Moraes ocupou a vaga que era do ministro Teori Zavascki, morto em um acidente aéreo em janeiro. Foto: André Dusek/Estadão
Após gravação de conversa entre o delator Joesley Batista, empresário da JBS, e o presidente Michel Temer, que causou uma crise no governo, o ministro da Cultura, Roberto Freire, entregou o cargo. A saída foi feita no dia seguinte à divulgação dos áudios e seria acompanhada de debandada do seu partido, o PPS. Após a renúncia, Freire disse que o partido não rompeu com o governo e vai continuar apoiando a aprovação das reformas no Congresso. Foto: Alex Silva/ Estadão
Osmar Serraglio foi demitido do Ministério da Justiça em maio. Alvo de críticas no governo desde que assumiu a pasta, ele era considerado um ministro muito congressual, com nenhuma interlocução no poder Judiciário. Porém, convidado para integrar o Ministério da Transparência, Serraglio recusou o cargo e decidiu votar para a Câmara. Pesou na decisão o fato de o presidente Michel Temer não o ter procurado para explicar a troca no comando da Justiça, além do desgaste do governo Foto: André Dusek/Estadão
Bruno Araújo pediu sua exoneração em carta enviada a Temer, dizendo que 'não há mais apoio' para que ele siga no comando da pasta. Sua saída acontece em meio a uma pressão dos partidos do Centrão, que querem mais espaço no governo e a saída dos tucanos do alto escalão, e a uma crise no PSDB. Foto: Beto Barata/PR
Antonio Imbassahy (PSDB-BA) pediu demissão da Secretaria de Governo um dia antes da convenção do PSDB. Em carta de três páginas enviada ao presidente Michel Temer, Imbassahy disse que foi um grande desafio atuar na função em um período de radicalização pós-impeachment. A saída do ministro já vinha sendo admitida pelo Planalto desde novembro, após a saída de Bruno Araújo do Ministério das Cidades. Foto: Dida Sampaio/Estadão