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Maya Moore teve uma grande carreira no basquete: foi campeã da WNBA quatro vezes, duas vezes medalhista de ouro na Olimpíada, e foi campeã mundial com a seleção dos Estados Unidos. Mas ela abriu mão de seguir buscando títulos e marcas pessoais por amor. No caso, a Jonathan Irons, homem que considerava ter sido injustamente condenado a 50 anos de prisão.
Maya conheceu a história de Jeremy há 12 anos, através dos avós. Eles lhe contaram como o rapaz foi acusado de ter cometido um assalto com arma de fogo em que uma pessoa se feriu (mas ninguém morreu) e condenado a 50 anos de prisão. Ao longo de dois anos, Irons, então um menor de idade com 16 anos, foi interrogado sem a presença de advogado ou guardião legal e condenado por um júri formado inteiramente por pessoas brancas. Diversas apelações foram recusadas.
A futura atleta, então, se compadeceu do caso e pesquisou muito sobre o assunto, até acabar se convencendo de que se tratava de um inocente. Ao longo dos anos, os dois desenvolveram uma amizade e passaram a se falar mesmo em dias de jogos do Minnesota Lynx, quando ela estava prestes a entrar em quadra. E, da amizade, nasceu o amor.
Em 2019, Maya anunciou que iria parar a carreira para poder focar unicamente no caso de Jonathan. Em julho de 2020, Irons foi libertado após o juiz Daniel Green considerar que a investigação teve muitos problemas e foi 'circunstancial'.
Nesta quarta-feira, o casal participou do programa de televisão 'Good Morning, America' para contar a história. "Queríamos anunciar que estamos super animados para continuar o trabalho que estamos fazendo juntos, mas como um casal. Nós nos casamos há alguns meses e estamos animados para continuar este novo capítulo da vida juntos", disse Maya.
Segundo Jonathan, ele disse a ela que a amava ainda na cadeira, mas não não queria iniciar um relacionamento para não atrapalhar a amada. "Eu não queria que ela se sentisse presa, eu queria que ela se sentisse aberta. Se fosse demais, que a qualquer momento ela poderia sair e encontrar alguém. Viver a sua vida. Mas quando saí da prisão, éramos apenas eu e ela na sala do hotel. Estávamos bêbados de felicidades. Eu me ajoelhei e olhei para ela, que sabia exatamente o que estava acontecendo. Eu perguntei: "quer se casar comigo?". E ela disse sim", relatou.
O casamento foi realizado durante a pandemia, com convidados usando máscaras e socialmente distantes. Mas, segundo o feliz casal, o importante foi que a cerimônia pode acontecer.