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Entre 1996 e 2018, o Arsenal, da Inglatera, teve apenas um técnico em seu comando. Seu nome: Arsène Wenger. O treinador francês conquistou, em sua longa passagem pela equipe londrina, três títulos do Campeonato Inglês e sete título da Copa da Inglaterra. Mesmo assim, o jejum de títulos foi grande, praticamente nove anos separaram as conquistas da Copa da Inglaterra temporada 2004-2005 e da mesma competição na temporada 2013-2014.
Este tempo longe da posição de treinador fez Wenger repensar sobre o longo período de permanência no comando do Arsenal. Em entrevista ao jornal The Times, o técnico francês analisou suas mais de duas décadas à frente da equipe londrina.
"Talvez eu tenha ficado tempo demais. Eu não sei. Mas eu estava comprometido como no primeiro dia. Eu acho que guiei o clube pelo período mais difícil em um modo muito bem-sucedido" - avaliou o treinador.
Wenger também desabafou sobre críticas que recebeu e disse entender motivos que o levaram a sair da equipe.
"Em algum momento, as pessoas dizem que você está velho, mas eles não olham para o que você faz. Eu servi ao clube o máximo que pude. O clube achou que era melhor que eu parasse. Eu sempre vivi com a ideia que isso poderia acontecer. Os torcedores não estavam mais felizes. Alguns deles. Você pode entender isso, em algum ponto, 22 anos, as pessoas querem mudança" - afirmou o ex-técnico do Arsenal.
Sobre a possibilidade de voltar a ocupar alguma função na equipe londrina, Wenger admitiu que poderia acontecer no futuro e confirmou que já foi convidado algumas vezes.
"Sim, eu fui convidado. Mas eu pensei que era melhor cortar os laços completamente. Foi difícil no começo, é claro, depois de liderar o clube por tanto tempo como eu fiz. Mas eu pensei que era melhor acompanhar a distância" - finalizou.
Quando deixou o Arsenal, Wenger assumiu uma posição de prestígio junto à FIFA, como chefe de desenvolvimento global da entidade. Recentemente, ele sugeriu uma mudança nas regras de impedimento. Já o Arsenal conquistou mais um título da Copa da Inglaterra (temporada 2019-2020) e teve dois treinadores: os espanhóis Unai Emery e Mikel Arteta.