Ex-jogador perde US$ 14 mi, vive de favor com a sogra e trabalha em um hortifruti

Uruguaio Fabián O'Neill, com passagens pela Seleção Uruguaia, Cagliari e Juventus, foi dono de cavalos de corrida, mas se envolveu com o álcool e gastou tudo o que tinha: "cavalos lentos e mullheres rápidas"

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Se você quer saber como perder US$ 14 milhões a ponto de ficar pobre, ter que ir morar de favor com a sogra e ganhar uns trocados eventuais como atendente em um hortifruti, pergunte ao ex-capitão do poderoso Cagliari (Itália), o uruguaio Fabián O'Neill, de 43 anos, que ainda tem no currículo passagens pela Seleção Uruguaia, Nacional (Uruguai), Juventus e Perugia (Itália).

Depois de ter no bolso a fortuna, por ocasião de sua aposentadoria do time de Turim, e ter como um dos investimentos a propriedade de 20 cavalos de corrida, ele gastou quase tudo o que ganhou com mulheres, bebidas e apostas de turfe. "Cavalos lentos e mulheres rápidas", explica-se, sobre os motivos de sua falência.

Em entrevista ao diário uruguaio El Pais, o ex-jogador afirmou que vive com uma das sogras de favor (ele é pai de três filhos, com três mulheres diferentes), consegue de vez em quando alguns trocados e, na maior parte dos dias, almoça arroz com ovo. "Mas não me incomoda ser pobre. Tendo para beber e para que meus filhos estejam bem, está bom", diz. "Depois, comer, se come arroz com ovo da mesma forma".

Para agravar a situação, O'Neill afirma que não gosta de trabalhar - e, ao mesmo tempo, diz que não está nem aí. Diz que é 'rebelde e orgulhoso' como a vida o ensinou a ser. "Melhor assim do que ter muito dinheiro. Nada de estar de terno e gravata", costuma repetir.

No ano passado, o ex-jogador teve que ser operado às pressas para a retirada da vesícula, por causa da bebida. Recebeu a orientação de ficar três anos longe do álcool, mas no mês seguinte já estava bebendo novamente. "Por fora pareço um carro para vender, que não se sabe se tem motor ou bateria", compara.

Os divórcios serviram para piorar a situação do ex-jogador, assim como falsos amigos que pediam dinheiro nos tempos de vacas gordas e que, segundo ele, desapareceram. "Hoje tenho apenas 10 ou 12 amigos boêmios, que me ajudam. Quero seguir assim, não quero estar ao lado dos ricos".

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