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Renato não chegou a jogar na final do Campeonato Paulista de 1999, mas o reserva de Maurício naquele torneio entrou em campo - segundo o próprio, para separar a briga entre seu colega de Corinthians, Edílson e os jogadores do Palmeiras. Acabou derrubando Roque Júnior e foi perseguido pelo zagueiro adversário, se jogando no túnel para escapar. Renato relembrou a briga em entrevista ao portal UOL.
"Eu fui para apartar, foi o seguinte: na hora que eu vi o Roque Junior correndo atrás do Edilson, eu não pensei duas vezes, entrei para dentro do campo, fui e derrubei o Roque, e nisso o Edilson fugiu, só que eu caí junto. Aí a hora que eu olhei para trás, veio o Oséas, o Marcão dando voadora, e eu pensei: 'misericórdia, o que eu fui fazer', aí eu correndo para o túnel e o PC Gusmão me abraçou e pediu 'calma, calma', e eu falei 'calma o quê, PC, olha pra trás aí', e o Marcão dando voadora, o Oséas mordendo a língua e dando soco... Aí larguei do PC, virei e pulei pra dentro do túnel, foi a única solução que eu achei", relatou Renato.
"Acho que o Roque estava com muito ódio na hora, ele ia acabar agredindo o Edilson e os dois eram da seleção brasileira na época, tanto é que o Edilson foi cortado na ocasião e poderia ter uma punição até maior, ter machucado ou acontecido uma tragédia. O José Trajano até disse isso numa reportagem, que eu tinha salvado duas vidas, a do Edilson e a do Roque. Mas graças a Deus não me deram nenhuma punição", acrescenta o ex-jogador.
Renato esclareceu como conseguiu derrubar Roque Júnior. "Eu saí correndo atrás dele e, quando ele foi chutar o Edilson, eu consegui alcançá-lo e meio que grudei na camisa dele por trás, e rodei pra tirar ele do Edilson. A minha intenção era tirar ele da agressão, e a gente rodou e caímos os dois no chão. E daí eu só vi os meninos indo em direção ao vestiário e, no que eu corri, o PC Gusmão me abraçou, e o PC: 'Calma, calma', e eu: 'Calma o caralho, olha pra trás aí, o Marcão dando voadora e o pau comendo', e eu peguei e corri para o túnel", relembrou.
Renato afirmou que as embaixadinhas de Edílson que começaram a briga não foram premeditadas. Pô, eles até entraram com o cabelo pintado de verde no jogo, então isso nos deixou mais putos ainda, e, na hora que estávamos ganhando o Paulista, o Edilson fez aquilo, as embaixadinhas. E o Junior e o Paulo Nunes perderam a cabeça. Do meu time todo mundo se escondeu na hora do pau lá... E o Amaral: 'Calma, calma, são meus amigos', aí eu olhava para o Rincón, que podia me ajudar, e ele falava 'não Renato, tudo meus amigos aqui', aí eu falei 'tô f*** aqui, tenho que correr'", afirmou.
Segundo o ex-goleiro, ele já encontrou com Roque Júnior depois da aposentadoria, em eventos, e se cumprimentou normalmente, garantindo que a briga que acontece dentro de campo, fica dentro de campo. Renato também relata ainda ter amizade com Edílson e, por fim, não ter se machucado ao cair no túnel.