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Em um clássico entre Corinthians e Palmeiras, válido pelo Campeonato Brasileiro de 1975, o goleiro Leão, então do alviverde, viveu uma situação inusitada. No primeiro tempo da partida, com os palmeirenses vencendo por 1 a 0, o árbitro Dulcídio Wanderley Boschillia marcou pênalti de Didi em Vaguinho.
Na cobrança, o volante Ruço bateu no canto esquerdo de Leão, que se esticou e fez a defesa. No entanto, logo em seguida, o juiz mandou voltar a cobrança, alegando que o goleiro palmeirense teria se adiantado.
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Além de Leão, os jogadores do Palmeiras ficaram indignados. Ademir da Guia, conhecido por ser um jogador calmo, chegou a receber um cartão amarelo por reclamação.
a segunda cobrança, Ruço mudou de lado e o Leão defendeu mais uma vez, e Dulcídio mandou repetir a cobrança mais uma vez. Na terceira cobrança, advinha: o palmeirense pegou de novo, no canto direito, e o juiz anulou novamente.
Para a quarta cobrança, o lateral Claudio Marques pegou a bola e finalmente marcou, empatando a partida em 1 a 1, placar final do jogo.
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Esta não foi a primeira vez que Leão teve problemas com Dulcídio. No ano anterior, em 1974, em uma partida entre Palmeiras e Portuguesa, no Pacaembu, o árbitro anulou duas defesas dele, em cobranças do atacante rubro-verde Enéas. Também naquela oportunidade o jogo terminou em 1 a 1.
Em entrevista ao UOL Esporte, em 2015, Leão afirmou que, nesta partida contra a Portuguesa, ele ameaçou ficar de costas para o batedor. Entre risadas, o ex-goleiro contou que Dulcídio falou que iria expulsar se ele fizesse isso. "Eu respondi: 'Mas é obrigado a ficar de frente?'"
Apesar dos casos com Dulcídio, Leão não guarda rancor do árbitro. Na mesma entrevista ao UOL, o ex-goleiro afirmou que "ele era gente boa para caramba, mas era temperamental". "Agora, uma coisa muito importante é que ele era honesto. Por isso a gente aturava ele um pouco. Mas volto a falar. Tudo o que ele fez, ele tinha razão", disse.