Redondo detalha como corte de cabelo que o fez ficar fora da seleção argentina

Ex-jogador também relata particularidades do Milan de Berlusconi e aconselha Sergio Ramos

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Fernando Redondo manteve o cabelo longo como uma marca registrada ao longo de toda a carreira no futebol. Mesmo quando o então técnico da seleção argentina, Daniel Passarela, quis obrigá-lo a cortar. Em entrevista ao jornal La Nación, de Buenos Aires, o ex-volante deu detalhes da situação.

"Ele me chamou e nos reunimos no hotel Palace de Madri. Me pediu para cortar o cabelo e eu lhe disse que não faria, E me disse, me lembro das palavras, que a seleção estava acima dos homens e dos nomes, e iria revisar se necessitava me convocar", declarou Redondo.

"Quando isso saiu na imprensa, ele declarou que na realidade a questão do cabelo havia sido um tema secundário, que não havia me convocado porque eu não queria jogar pela esquerda, uma mentira gigante. E, a partir daí, não houve volta atrás para mim", contou.

O caso aconteceu em 1996. Além de Redondo, Caniggia foi outro que se recusou a cortar o cabelo para jogar no time nacional. Outros, como Coudet e Batistuta, acataram as ordens. Passarela e o volante discutiram na imprensa diversas vezes em 1996 e 1997.

Na entrevista, Redondo também contou particularidades de como era jogar no Milan comandado por Silvio Berlusconi. "Às vezes, estávamos treinando em Milanello (CT da equipe) e começavam a chegar carros com as janelas escurecidas, um helicóptero... Berlusconi saía, nos cumprimentava e dava uma conversa técnica, um comentário do que havia visto no final de semana", relatou.

Redondo também aconselhou Sérgio Ramos, zagueiro do Real Madrid, que disse ser um vencedor e ter uma grande personalidade, mas que diria para ele se controlar em algumas situações pontuais.

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