Marion Kaplan, uma das conselheiras do Flamengo, gerou polêmica nesta segunda-feira ao usar o seu perfil nas redes sociais para atacar o time de League of Legends do clube carioca e rotular a equipe como "nerds autistas". Após a repercussão sobre o caso, ela mudou o seu discurso e chegou a admitir que vai torcer pelo título do time de eSports.

Em entrevista ao SporTV, Kaplan conta que suas afirmações vieram em um "momento de explosão" causado pelo abandono do Flamengo por outras modalidades. "O LoL foi lançado no final de 2017, e, no ano de 2018, eu via atletas de outras modalidades vendendo doces aqui na entrada só para poder custear a passagem para ir treinar, e, isso tudo, somado à questão do futebol feminino, gerou uma revolta. Então, quando eu vi que estavam divulgando mais uma vez o LoL, enquanto que o futebol feminino mal é divulgado, eu explodi", disse.

Depois de declarar guerra com a comunidade de eSports, Kaplan voltou a dizer que esportes eletrônicos não deveriam fazer parte do Flamengo, mas adotou cautela ao comentar sobre a modalidade.

"Apesar da comunidade do LoL ser muito mais agressiva do que eu fui, muita gente do LoL veio conversar comigo. Até aqueles que vinham falando que entendiam meu ponto de vista, mas apresentando o deles. Eu achei isso muito legal, porém, continuo dizendo que é uma atividade que não deveria fazer parte do Flamengo, até porque não está no estatuto, e o dia que o eSport entrar para o estatuto eu não vou nem contestar, porque eu decidi fazer parte de um conselho que é democrático", declara a conselheira.

Questionada sobre a presença do Flamengo em uma possível final do Campeonato Brasileiro de League of Legends, Kaplan afirmou que vai torcer pelo time rubro-negro. "É claro que vou torcer pelo Flamengo, mas ainda continuo com minhas dúvidas ao LoL", finalizou.

A polêmica entre Kaplan e os jogadores de LoL começou com publicações da conselheira em sua conta no Twitter. Depois de criticar um post do perfil oficial de esporte eletrônico do Flamengo e receber críticas, ela rebateu um dos internautas. "Um nerd que fica horas na frente de uma tela, praticando algo que não é atividade física nem cultural. Não é ao ar livre e não serve para nada. Ou seja, se eu falar "nerd autista da pior espécie" ficou mais claro, não?", escreveu.