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Lembram dele? O atleta Pita Taufatofua ficou conhecido depois de carregar a bandeira do seu país, o Tonga, na abertura dos Jogos Olímpicos do Rio com o corpo todo coberto de óleo de coco e usando os trajes típicos de seu país. O atleta voltou a participar da Olimpíada de Inverno de PyeongChang na modalidade de esqui cross country. No entanto, uma denúncia feita pelo site da Nova Zelândia Stuff, aponta que ele teria fraudado o sistema de classificação para poder disputar os jogos deste ano, na Coreia do Sul.
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Para entender o esquema, é preciso ter noção de como funcionam o rankiamento dos competidores no esqui cross coutry. Os resultados são feitos por um sistema de pontuação, onde o vencedor ganha o menor número de pontos. Para disputar em PyeongChang, cada esportista teria que fazer cinco provas com a pontuação abaixo de 300 pontos.
Taufatofua fez quatro dessas provas em um período de três dias em Bogotá, na Colômbia, onde não tem neve. Mas para estimular a participação olímpica de países sem tradição em esportes que necessitam do gelo, a Federação Internacional (FIS) passou a validar provas de rollerski - uma espécie de patinete que vai nos pés dos atletas.
O problema é que essas provas que Taufatofua disse que participou foram armadas. Isso de acordo com uma denúncia feita por um esquiador da Venezuela. Além de terem 2,5km e 10km, sendo que a distância olímpica é de 15 km, cada uma das provas também havia só sete inscritos, que imprimiram um ritmo de prova muito parecido.
De acordo com a publicação outros atletas de países como México, Colômbia, Portugal e Equador também teriam se beneficiado do esquema. O brasileiro Paulo Santos também conseguiu assim o índice olímpico, mas não foi convocado porque Victor Santos, o escolhido, tinha resultados melhores.
A FIS reconheceu a existência de um problema: “Estamos cientes de alguns resultados inconsistências de vários atletas de esqui cross country durante o período de qualificação PyeongChang-2018. Estamos atualmente olhando como podemos melhorar/modificar o processo de qualificação cross country para os próximos Jogos Olímpicos de Inverno em Pequim em 2022”, comunicou a entidade.