Jogador de futebol americano de 19 anos morre após lesão no pescoço

Robert Grays sofreu a lesão após um tackle e ficou hospitalizado por três dias

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Os perigos dos constantes choques durante partidas e treinos de futebol americano nunca ficaram tão evidentes quanto agora. E essa crise acabou tendo mais um episódio trágico neste final de semana. 

Nesta terça-feira, 19, Robert Grays, cornerback de 19 anos da Universidade Midwestern State, de Wichita Falls, no Texas, faleceu após não sofrer uma lesão no pescoço após um tackle. 

O lance aconteceu último quarto da vitória por 35 a 13 sobre Texas A&M-Kingsville, no sábado, 16, válido pela terceira semana da temporada regular da Division II da NCAA, nível intermediário da liga que organiza a modalidade nos Estados Unidos. 

Depois da jogada, Grays não se levantou e uma equipe médica foi chamada no campo. Retirado do estádio de ambulância, o garoto foi levado para um hospital em Houston, onde ficou internado até falecer. 

"Robert tocou muitas vidas enquanto estudou na universidade, mas talvez ele será mais lembrado pelo seu sorriso. Ele era uma inspiração dentro e fora do campo para aqueles que o cercavam, e será lembrado com amor e afeição por seus amigos, colegas de classe, de time e técnicos", declarou em nota Suzanne Shipley, presidente da Midwestern State. 

 

 

Na noite da última segunda-feira, 18, véspera da confirmação da morte, cerca de 700 pessoas se reuniram em frente ao hospital em que Robert estava internado. "Não é uma vigília, mas um serviço para fortalecer aqueles que estão sofrendo por Rob", afirmou Bill Maskill, técnico do time de futebol americano, ao portal The Wichitan. "Ele é um cara que você ama estar perto." 

"Ele já fez esse tackle centenas de vezes, mas foi uma daquelas situações que acontecem errado. Foi traumático para todos nós, particularmente os jogadores. Como universidade, estamos pensando nele todos os dias", declarou Kyle Williams, diretor esportivo interino da instituição, também ao The Wichitan

No final de agosto, Ed Cunningham, o ex-jogador e analista de futebol americano universitário da ESPN dos Estados Unidos anunciou que não seguiria na profissão por acreditar ser "inaceitável" que o esporte não seja seguro ao cérebro dos atletas. "No estado atual, há perigos reais, como fraturas de membros e desgastes naturais. Mas o verdadeiro problema é que não acho o jogo seguro para o cérebro. Para mim, isso é inaceitável", afirmou Cunningham ao jornal The New York Times

 

 

 

 

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