Trans vence prova de atletismo universitário nos EUA e gera polêmica

Cece Telfer é a primeira trans a competir em provas de atletismo na competição

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Até o ano passado, Craig Telfer disputava provas de atletismo entre os homens. Em 2019, a velocista mudou de gênero e passou a competir com as mulheres. Aos 21 anos, a atleta venceu no último domingo uma prova dos 400m com barreiras na divisão II do campeonato universitário de atletismo dos Estados Unidos.

Representando a universidade de Franklin Pierce, de New Hampshire, Cece Telfer é a primeira velocista trans a competir no torneio universitário. Sua participação e vantagem física tem sido alvo de inúmeros debates, ainda que a entidade que organiza as competições dos jovens permita a participação de atletas transgêneros.

De acordo com a NCAA (federação que organiza as competições universitárias), a única obrigação para jovens que estejam fazendo a mudança de gênero é que tenham completado um ano de tratamento hormonal para atingir o nível de testosterona aceitável. 

"Telfer é a primeira atleta-estudante da história de Franklin Pierce a colecionar um título nacional individual", anunciou a universidade. A velocista também ficou em quinto lugar nos 100 metros com barreiras. 

Em abril deste ano, o filho do presidente Donald Trump comentou em seu Twitter a participação da atleta no torneio universitário. "Outra grave injustiça para tantas jovens mulheres que treinaram suas vidas inteiras para alcançar a excelência. Identifique-se como quiser, mas isso vai longe demais e é injusto com muitos", escreveu. 

Esse não é o primeiro caso de jovens atletas que mudam de gênero e passam a competir por outra categoria. Em 2010, Kye Allums fez a transição para o sexo masculino e competiu na divisão I do basquete pela universidade George Washington. Seis anos depois, Schuyler Bailar passou a nadar pela equipe masculina de Harvard.

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