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O torneio de tênis ITF de Clermont-Ferrand, na França, ficou marcado por uma polêmica na última quarta-feira. A tenista Fatma Al Nabhani, do Omã, acusou o juiz da partida de racismo e abandonou o jogo.
A atleta árabe chegou a publicar uma carta aberta nas redes sociais e um vídeo neste fim de semana para denunciar a atitude dos oficiais da competição à Federação Internacional de Tênis (ITF) e à Associação de Tênis Feminino (WTA).
"Jogo tênis desde criança e participo de torneios ao redor do mundo desde que comecei no circuito profissional, em 2007. Eu nunca imaginei que vivenciaria o verdadeiro significado de racismo e desigualdade. Peço desculpas, eu sei que é um assunto sensível, mas o que aconteceu em Clermont, na França, não foi aceitável. Eu sou muçulmana. Eu sou árabe. E sempre terei orgulho disso. Sendo de um país árabe, uso calça por baixo da minha saia para respeitar minha religião e me sentir confortável competindo", disse Fatma.
"Por que eu fui tratada assim por ele, pela equipe do torneio, por quê? Só por que sou muçulmana, só por que minha mãe está usando o hijab (um véu), só por que sou árabe? Bem, eu sou muçulmana, tenho orgulho disso, sou árabe, tenho orgulho disso, vou me defender e vou representar todos os outros jogadores", completou a jogadora.
Após a repercussão do vídeo, que já conta com mais de 64 mil visualizações, a ITF abriu investigação e afirmou que qualquer acusação de racismo é levada "muito a sério" pela entidade.