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Embiid é indispensável para sucesso do Sixers nos playoffs

(Matt Slocum/AP)

A semana do Philadelphia 76ers vinha sendo redentora. O time finalmente garantiu matematicamente uma vaga nos playoffs, depois de anos em um processo questionável perdendo de propósito para acumular talento pelo draft, e viu Markelle Fults voltar bem depois de mais de 60 jogos afastado por lesão e falta de confiança, duas coisas que colocavam um imenso ponto de interrogação sobre o quão acertada tinha sido a decisão de escolhê-lo na primeira posição entre os calouros deste ano. Até que em um lance besta, o próprio Fultz e Joel Embiid bateram cabeças e o pivô camaronês levou a pior, com uma fratura no osso que protege o olho que vai tirá-lo de ação de duas a quatro semanas.

A notícia é um banho de água fria na empolgação do Sixers. A 15 dias do início dos playoffs, é provável que o time tenha que estrear no seu primeiro confronto sem o pivô. Dependendo da recuperação dele, existe até a possibilidade dele não estar à disposição do técnico Brett Brown em nenhum dos jogos do primeiro round, o que é trágico para a equipe.

É verdade que o Philadelphia de hoje não é mais tão dependente de Joel Embiid como já foi em outros tempos. Desde a parada para o All-Star Game, o time vem, pela primeira vez desde que o pivô entrou no time, tendo um saldo positivo de pontos com algumas formações mesmo com Embiid no banco. O motivo disso é a chegada de Marco Bellinelli e Ersan Ilyasova, além da evolução de Ben Simmons. Mas ainda assim, a presença de Embiid faz uma diferença brutal para a equipe.

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Com ele em quadra, o time tem a menor média de pontos sofridos a cada 100 posses de bola e a quarta melhor média de pontos convertidos no ataque. Nos minutos em que Embiid joga, o Sixers tem um saldo positivo de 11 pontos por partida – mais do que o Houston Rockets registra, equipe líder da NBA.

Por mais que nos últimos 40 dias a equipe tenha testado muito mais formações sem pivô, tenha usado rotações sem Embiid e com Ben Simmons em quadra por mais tempo que o usual – até como uma forma inteligente de testar escalações que possam ser úteis para os playoffs -, Embiid é quem faz a verdadeira diferença no time.

Usar Dario Saric ou Ilyasova na posição 5, como o time vem fazendo em alguns momentos, dá mobilidade, abre o garrafão e cria possibilidades de chute para os pivôs, mas não entrega a segurança defensiva que o time tem com Embiid no jogo. Amir Johnson e Richaun Holmes garantem alguma energia na defesa, mas são jogadores limitados tecnicamente. A inteligência de Joel no ataque e sua presença na defesa formam uma combinação única na equipe que vai fazer muita falta.

Na crescente que vinha, eu apostaria no Philadelphia em um eventual primeiro confronto contra Indiana Pacers, Washington Wizards ou Miami Heat. Sem Embiid, caso efetivamente sua ausência se confirme no começo do mata-mata, acho que as coisas mudam de figura. O time certamente não seria mais o favorito contra o coeso e esforçado Indiana Pacers e pode sofrer contra outros times mais rodados em playoffs. Uma pena.

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