Com título mundial de ‘PES’, GuiFera coloca o Brasil no topo do futebol virtual

Jovem de 17 anos ganhou R$ 650 mil pelo primeiro lugar no torneio

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O videogame entrou na vida de Guilherme Fonseca Agostini como uma brincadeira de criança, mas antes mesmo dele completar 18 anos, o paulista de Jaú conseguiu se tornar o primeiro brasileiro campeão mundial de Pro Evolution Soccer (PES), um dos principais simuladores de futebol do mundo. Filho único, ele começou jogando com seu pai e já naquela época não gostava de ser derrotado. "Meu pai jogava antes mesmo de eu nascer. Foi uma paixão hereditária. Eu chorava quando perdia para ele", conta o jovem, de 17 anos.

Antes de se tornar o melhor do mundo no futebol virtual, ele praticou o esporte fora dos games também. Atuando como goleiro, defendeu o XV de Jaú, nas categorias de base do clube. “Joguei até 2014, mas rompi o ligamento do meu joelho. E foi bom para mim, porque tive mais tempo para me dedicar ao PES”

"GuiFera", como é conhecido, começou a jogar online em 2012, depois participou de alguns torneios com premiação em dinheiro e, aos 14 anos, passou a disputar campeonatos profissionais. Foi então que a brincadeira virou coisa séria. Em apenas três anos, acumulou diversos estaduais, três títulos nacionais, um do e-Brasileirão e um vice-campeonato mundial, antes de alcançar sua maior conquista na carreira.

Na final disputada no estádio do Arsenal, GuiFera venceu na prorrogação o italiano "Ettorito97" e faturou um prêmio de US$ 200 mil (cerca R$ 650 mil de acordo com a cotação atual). Ele ainda teve a honra de receber o troféu no Millennium Stadium, em Cardiff, minutos antes da final da Liga dos Campeões, entre a Juventus e o Real Madrid.

"Eu já tinha visto a final da Champions no ano passado, mas esse ano depois de ser campeão, foi muito melhor. Ver o Real vencer de novo foi uma coisa de outro mundo, para coroar o título".

O garoto ainda não sabe o que fazer com tanto dinheiro, mas garante que vai "usar da melhor forma possível". Ainda sem patrocinadores ou vínculo com algum clube, ele espera que a vitória facilite obter um contrato com uma empresa. Por enquanto, todos os gastos, inclusive o das viagens para participar de campeonatos, são custeados por ele e seus pais. As únicas exceções são o sul-americano e o mundial, pagos pela Konami, desenvolvedora do PES.

Calouro no curso de Ciência da Computação, o jovem garante que pretende continuar fazendo dos games a sua profissão. "Como eu fui o primeiro campeão mundial acredito que isso irá abrir muitas portas. Os olhos ficarão voltados para o Brasil e isso vai ajudar a desenvolver o esporte aqui".

 

 

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