Lembra do 'Jamaica abaixo de zero'? Brasil planeja ser Top 10 naquele esporte

Time brasileiro de bobsled supera adversidades para se tornar um dos melhores do mundo

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O bobsled ficou muito famoso no Brasil e em grande parte do mundo depois do filme "Cool Runnings", conhecido por aqui como "Jamaica abaixo de Zero", que reconta a verídica história da estreia do país, conhecido por ser bastante quente, em uma Olimpíada de Inverno, no ano de 1988. Quase 20 anos depois, é o Brasil quem pretende brilhar no esporte.

Bem perto de garantir a classificação aos próximos Jogos Olímpicos, em PyeongChang, na Coreia do Sul, o Brasil se prepara não apenas para fazer bonito, como para figurar entre os dez melhores do mundo na modalidade. "Nós ficamos em 17º do ranking mundial no ano passado, fomos vice-campeões da Copa América. Hoje em dia somos um dos principais times da América e estamos treinando mais forte para estar entre os dez. Isso não é um sonho. O sonho às vezes não pode se materializar, então é nosso objetivo. É só termos foco que vamos chegar lá", disse Erick Vianna, integrante do time brasileiro e que chegou ao esporte depois de se destacar no atletismo. "Um treinador meu me deu a dica: 'Erick, o bobsled está em ascensão no Brasil e você tem as características por ser muito forte, muito rápido'. Foi aí que em 2015 eu fiz um teste e acabei passando", contou, admitindo que socorreu ao YouTube e outras ferramentas para saber mais sobre o esporte.

Erick Vianna não é o único que migrou para o bobsled depois de se destacar no atletismo. Segundo ele, 80% dos atletas saem das pistas, principalmente do decatlo e de provas de velocidade. Do decatlo, aliás, surgiu Edson Martins, outro destaque do time brasileiro. Sua história é bem curiosa, já que chegou à modalidade de gelo depois de problemas no atletismo e a uma oportunidade nas redes sociais: "A minha cidade não tinha muita estrutura para treinar decatlon. É uma prova muito técnica, com várias modalidades. Quando eu fiquei sabendo dessa seletiva através do Facebook, eu fiz. É outra estrutura, outra organização e eu decidi não sair disso nunca mais. Foi amor à primeira vista".

Apesar das condições climáticas não favorecerem o time brasileiro, o trabalho é bastante sério. Para se prepararem, os atletas ficam cerca de seis meses fora do País e possuem uma base em Nova York, nos Estados Unidos, onde fica o trenó do time, comprado por 45 mil euros. Quando estão no Brasil, devido à falta de locais de treinamento, o trabalho é apenas físico. Para a Olimpíada de Inverno, a preparação está a todo vapor. "Fomos para PyeongChang em março, ficamos cerca de 20 dias lá. Pelo que vimos, se a gente fizer uma arrancada boa, o nosso piloto acertar a curva, que ele costuma acertar e passar pela chicane, já prevemos um ótimo resultado", disse Edson, já pensando nos Jogos de 2018.

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