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Com pouco dinheiro e carregando uma pintura de mais de três metros, o artista plástico colombiano Sigifredo Echeverri Hidalgo, de 62 anos, está vencendo a distância de oito mil quilômetros que separa Medelin, na Colômbia, de Chapecó (SC), movido apenas pela missão de entregar uma homenagem ao time da Chapecoense.
Na pintura que carrega a tiracolo, o artista plástico retratou os rostos do técnico Caio Jr. e de jogadores da Chape mortos na tragédia de 29 de novembro de 2016, quando o avião do time caiu na Colômbia, matando 71 pessoas.
A obra mostra os jogadores e o técnico dentro de uma imagem que lembra o formato da taça da Copa Sul-Americana – título que o time ia disputar com o Atlético de Medelín, caso a tragédia não tivesse acontecido. A pintura mostra ainda um grande estádio do futebol, as bandeiras do Brasil e da Colômbia e os brasões da Chape e do Atlético de Medelín.
Hidalgo conta que a pintura foi inspirada por um sonho, como uma forma de homenagear o time brasileiro. Movido por esse sonho, o artista tem viajado os oito mil quilômetros de avião, ônibus e caronas, dependendo da solidariedade das pessoas e trocando pinturas e desenhos por comida e dinheiro, para manter-se na jornada.
Há poucos dias, o artista chegou em Curitiba, onde foi acolhido pela Fundação de Ação Social do município. A FAS o encaminhou para o Consulado Honorário da Colômbia, onde o cônsul Julio Cesar Algeri comprou uma passagem de ônibus de Curitiba a Chapecó, para que o artista possa completar sua jornada.