Zagueiro uruguaio denuncia ter sofrido racismo de árbitro no Chile

Francisco Gilabert não se pronuncia; entidade que organiza futebol no país irá investigar

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Alexis Rolín, zagueiro uruguaio do Universidade Concepción, denunciou ter sofrido racismo de um juiz enquanto seu time enfrentava o Curicó Unido na última sexta-feira, pela 17ª rodada do Campeonato Chileno. Em entrevista ao 'Canal del Fútbol' após o final da partida, ele relatou o que o árbitro Francisco Gilabert teria lhe dito.

“Em um escanteio, me olhou na cara e disse ‘negro feio’. Na minha cara. Foi isso. Um atrevido de m...”, denunciou Rolín.

O árbitro foi cercado por repórteres ao sair do estádio Bicentenario La Granja, mas não deu nenhuma declaração sobre o assunto. O Sindicato de Jogadores Profissionais do Chile pediu uma resposta das autoridades e a Associação Nacional de Futebol Profissional (ANFP) prometeu investigar o caso.

Mario Parra, zagueiro do Curicó, deu uma versão diferente para o momento. "O que consegui escutar, porque eu estava na marca do pênalti, é que Gilabert lhe disse 'não fale comigo feio', ou 'não me olhe feio', algo assim. Obviamente, pela situação que estão vivendo (últimos da tabela), tergiversou tudo e, pelo ruído no estádio, escutou só a última parte. Depois saiu reclamando, porque também estamos com a adrenalina lá em cima. Mas eu, que o estava marcando, escutei que Gilabert disse 'não fale feio'", afirmou Parra.

O Universidad Concepción é o último colocado do Campeonato Chileno, com 13 pontos ganhos, e foi derrotado pelo Curicó por 4 a 2. Rolín está no clube desde o início do ano. O zagueiro de 30 anos já passou por clubes como Nacional, do Uruguai, Catania, da Itália, e Boca Juniors.

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