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Há dois anos, o garoto afegão Murtaza Ahmadi realizou seu grande sonho: conhecer Lionel Messi. Em dezembro de 2016, o menino entrou de mãos dadas com Messi no duelo entre Barcelona e Al Ahli, acompanhou o argentino durante o minuto de silêncio em homenagem às vítimas do acidente com o avião da Chapecoense e só largou o craque ao ser carregado no colo pelo árbitro.
No entanto, nesta quinta-feira, a BBC informa que a família do garoto precisou deixar o Afeganistão após receber ameaças de morte. "Homens armados vieram e nos disseram: "Vocês ficaram ricos, nos entreguem o dinheiro que o Messi lhes deu ou nós levaremos seu filho", revelou Shafiqa, mãe de Ahmadi em entrevista para a emissora britânica.
Ela também informou que, na pressa de fugir do grupo extremista Talibã, ninguém da família conseguiu levar seus objetos pessoais, inclusive a camisa da Argentina autografada que Messi deu para o pequeno fã.
#Messi, poşetten Lionel Messi forması yapan Afganistanlı Murtaza Ahmadi ile bir arada... pic.twitter.com/PwMoNuPoTg — Fanatik (@fanatikcomtr) 13 de dezembro de 2016
O garoto encantou o mundo com sua camisa de futebol artesanal de Lionel Messi, feita de um saco de compras e pintada com canetinha. Na época, Ahmadi tinha cinco anos e fez o uniforme improvisado da seleção argentina. Além do encontro com o ídolo, o menino também ganhou duas camisas autografadas e uma bola.
O menino e sua família fazem parte da minoria étnica hazara, perseguida pelos membros do grupo. Dois anos atrás, eles já tinham precisado fugir para o Paquistão, mas foram forçados a voltar pela falta de dinheiro.